Por Wilson César Malinoski – Jornalista de Opinião
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| Daniela Suzin Pré-Candidata a Deputada | 
Fraiburgo, conhecida como a “terra da maçã”, pode estar prestes a colher um novo fruto político — desta vez, da diversidade e da representatividade. Daniela Suzin, 28 anos, mulher transexual e natural do município, prepara-se para disputar pela primeira vez uma cadeira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), rompendo paradigmas em uma das cidades mais conservadoras do Meio-o este catarinense.
Atualmente radicada temporariamente em Itajaí, por compromissos profissionais e políticos, Daniela vem se articulando junto a lideranças regionais e movimentos sociais, com foco em ampliar o debate sobre direitos humanos, políticas de inclusão e o protagonismo da comunidade LGBTQIAPN+ dentro das estruturas partidárias catarinenses.
Sua última filiação registrada foi no União Brasil, mas bastidores políticos indicam possíveis aproximações com o PSD e o Podemos, partidos que devem abrir suas janelas de transferência nas próximas semanas. A movimentação reforça o interesse de legendas tradicionais em diversificar seus quadros e sinalizar abertura a novos perfis de liderança.
Se confirmada sua pré-candidatura, Daniela Suzin será a primeira transexual da história de Fraiburgo a disputar uma vaga no Legislativo estadual — um marco não apenas para a cidade, mas também para Santa Catarina, estado que ainda carece de representatividade trans na política institucional.
Fraiburgo é conhecida por seu perfil eleitoral conservador, majoritariamente alinhado a partidos de direita, o que torna a trajetória de Daniela um desafio adicional. No entanto, sua proposta de diálogo, respeito e renovação vem encontrando espaço entre jovens eleitores, lideranças comunitárias e grupos que defendem a pluralidade política como valor democrático.
Mais do que um nome em uma futura urna, Daniela Suzin representa a possibilidade concreta de oxigenar o debate político catarinense, aproximando o poder público das vozes que ainda lutam por reconhecimento e igualdade.
O valor da representatividade
Santa Catarina precisa olhar para a diversidade como um ativo social e democrático — não como ameaça. A candidatura de Daniela Suzin é, antes de tudo, um convite à reflexão sobre quem tem ocupado o espaço da política e quem ainda está do lado de fora.
Em tempos de polarização e discursos excludentes, apoiar trajetórias como a dela é reafirmar a importância da democracia participativa, onde o pluralismo e o respeito às diferenças constroem pontes em vez de muros.
A comunidade LGBTQIAPN+ catarinense tem agora a oportunidade de unir forças e ampliar sua representatividade no cenário estadual. Fraiburgo pode ser o ponto de partida dessa nova história.
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