Juliano Costa (PP), Vice-prefeito de Fraiburgo tem seu
nome vinculado às lideranças emergentes do Partido Progressista e é citado como
um nome forte para pré-candidatura a deputado estadual nas eleições gerais do
ano que vem.
1- Quais
são os deveres de um politico?
Juliano: Um
político, como sou eu, se defronta, a todo o momento, com deveres dos quais não
pode fugir, e os quais não podem desconhecer. Diferentemente dos demais
cidadãos, cabe aos políticos uma cota maior de obrigações que de direitos, em
parte pelo ofício que escolhemos, em parte por ter sido eleito para exercer um
mandato popular, deveres fazem parte do oficio e devem ser enfrentados.
2 – O que
é uma cobrança muito acima do normal?
Juliano: O
Brasil é um oceano de deveres para um político. A par da secular e multiplicada
desigualdade social, econômica e cultural que abisma as classes sociais entre
si, enraizando a violência cotidiana e o crime, condenando o Brasil a um eterno
subdesenvolvimento, também desafiam os políticos tarefas relacionadas com a
construção institucional do país. Tal
qual num círculo de ferro, pobreza e ignorância constituem barreiras para a
evolução política do país e a indigência político-institucional impede o
desenvolvimento cultural do povo e, portanto, da sociedade. Há a cobrança
natural e pertinente com a grandeza de nosso cargo.
3 – Você acredita
na pedagogia de mudança?
Juliano: Muitos
argumentam, hoje, a impossibilidade de mudanças, mas esse foi o tom da
expressão da vontade popular nas últimas eleições, naõ prêmio modelos políticos
arcaicos, como a dizer não a qualquer alteração substantiva na moldura da
decantada "modernidade". Ora,
o povo não derrota propostas ou pessoas. O povo elege, escolhe, indica. Se
ocorrerem dissonâncias entre o que a elite declara moderna e a escola popular,
preciso é saber os porquês e não escolher outro povo, “nessa fuga para o Norte”,
que tantos eleitores buscam, eu acredito sim em mudança, ela pode ser feita
quando o povo toda acompanha a proposta.
4- Como
você define o Juliano progressita?
Juliano:
Defino-me Perfilado aos interesses dos trabalhadores, combato o confisco do
salário, a superexploração do trabalhador aposentado, a rapinagem do dinheiro
do pequeno poupador, reféns preferenciais do sistema monetário, e lamento a
ausência de uma política sindical combativa capaz de enfrentar, em nome de
todos os trabalhadores, os descalabros dos que formulam a macropolítica nas
diferentes áreas: econômica, financeira, agrícola, industrial, sempre a partir
da mesma matriz antipopular. Sou racional
adepto da modernidade, cobro e cobrarei sempre a formulação de um projeto de
desenvolvimento para o país, porque não acredito na correção técnica dos que
opõem crescimento do país ao combate à inflação. Sou radicalmente social-democrata, revolta-me
a inércia e a incúria com que é tratado o sofrimento dessa maioria de
brasileiros, pobre e desassistida. Sei
bem das prioridades Catarinenses e da urgência das soluções para a fome, a
miséria, as más condições de moradia, a falta de escolas, de assistência
médica. Também não me convencem argumentos técnicos sobre a incompatibilidade
econômica. Tudo depende dos compromissos e das amarras a que nos submetemos.
Não partilho da visão de alguns que me chamam de populistas, e se deixam
aprisionar pelo império absoluto da lógica contábil do Tesouro Nacional.
5 - O que
é o dever mais importante de um político?
Dentre
todos os deveres políticos a que me subordino, o mais importante é ajudar a
recuperar a felicidade dos Catarinenses. Por isso e para isso sou
social-democrata, fiel seguidor dos interesses nacionais e populares. Por isso
sou oposição às mazelas que se manifestam. Considero que oposiçao sem qualificativos só servem
de álibi ao adesismo dos que fazem da política um pasto de privilégios,
escanteando seus deveres de políticos.