15/11/2013

Vice-prefeito Juliano Costa (PP) concede entrevista

Juliano Costa (PP), Vice-prefeito de Fraiburgo tem seu nome vinculado às lideranças emergentes do Partido Progressista e é citado como um nome forte para pré-candidatura a deputado estadual nas eleições gerais do ano que vem.

1- Quais são os deveres de um politico?

Juliano: Um político, como sou eu, se defronta, a todo o momento, com deveres dos quais não pode fugir, e os quais não podem desconhecer. Diferentemente dos demais cidadãos, cabe aos políticos uma cota maior de obrigações que de direitos, em parte pelo ofício que escolhemos, em parte por ter sido eleito para exercer um mandato popular, deveres fazem parte do oficio e devem ser enfrentados.

2 – O que é uma cobrança muito acima do normal?

Juliano: O Brasil é um oceano de deveres para um político. A par da secular e multiplicada desigualdade social, econômica e cultural que abisma as classes sociais entre si, enraizando a violência cotidiana e o crime, condenando o Brasil a um eterno subdesenvolvimento, também desafiam os políticos tarefas relacionadas com a construção institucional do país.  Tal qual num círculo de ferro, pobreza e ignorância constituem barreiras para a evolução política do país e a indigência político-institucional impede o desenvolvimento cultural do povo e, portanto, da sociedade. Há a cobrança natural e pertinente com a grandeza de nosso cargo.

3 – Você acredita na pedagogia de mudança?

Juliano: Muitos argumentam, hoje, a impossibilidade de mudanças, mas esse foi o tom da expressão da vontade popular nas últimas eleições, naõ prêmio modelos políticos arcaicos, como a dizer não a qualquer alteração substantiva na moldura da decantada "modernidade".   Ora, o povo não derrota propostas ou pessoas. O povo elege, escolhe, indica. Se ocorrerem dissonâncias entre o que a elite declara moderna e a escola popular, preciso é saber os porquês e não escolher outro povo, “nessa fuga para o Norte”, que tantos eleitores buscam, eu acredito sim em mudança, ela pode ser feita quando o povo toda acompanha a proposta.



4- Como você define o Juliano progressita?

Juliano: Defino-me Perfilado aos interesses dos trabalhadores, combato o confisco do salário, a superexploração do trabalhador aposentado, a rapinagem do dinheiro do pequeno poupador, reféns preferenciais do sistema monetário, e lamento a ausência de uma política sindical combativa capaz de enfrentar, em nome de todos os trabalhadores, os descalabros dos que formulam a macropolítica nas diferentes áreas: econômica, financeira, agrícola, industrial, sempre a partir da mesma matriz antipopular.    Sou racional adepto da modernidade, cobro e cobrarei sempre a formulação de um projeto de desenvolvimento para o país, porque não acredito na correção técnica dos que opõem crescimento do país ao combate à inflação.    Sou radicalmente social-democrata, revolta-me a inércia e a incúria com que é tratado o sofrimento dessa maioria de brasileiros, pobre e desassistida.  Sei bem das prioridades Catarinenses e da urgência das soluções para a fome, a miséria, as más condições de moradia, a falta de escolas, de assistência médica. Também não me convencem argumentos técnicos sobre a incompatibilidade econômica. Tudo depende dos compromissos e das amarras a que nos submetemos. Não partilho da visão de alguns que me chamam de populistas, e se deixam aprisionar pelo império absoluto da lógica contábil do Tesouro Nacional.

5 - O que é o dever mais importante de um político?

Dentre todos os deveres políticos a que me subordino, o mais importante é ajudar a recuperar a felicidade dos Catarinenses. Por isso e para isso sou social-democrata, fiel seguidor dos interesses nacionais e populares. Por isso sou oposição às mazelas que se manifestam.  Considero que oposiçao sem qualificativos só servem de álibi ao adesismo dos que fazem da política um pasto de privilégios, escanteando seus deveres de políticos.