24/08/2011

PUBLICADO NO DIÁRIO DE FRAIBURGO NA EDª 84

A Lei Maria da Penha
A famosa lei Maria da Penha, lei que veio para proteger os agredidos de relações conjugais, completou cinco anos neste mês.   Muitas mulheres e muitos homens foram salvos e devem a conservação da sua vida ao sucesso dessa lei, que nasceu tímida e foi se tornando uma das ferramentas mais importantes de combate ao crime doméstico de agressão.  Um fato pitoresco sobre a lei, e que deu origem a interpretações distorcidas, é o fato de mulheres pensavam, no Início, que se tratava de uma lei que protegia apenas agressões contra mulheres, mas recentemente a exemplo disso na cidade de Lebon Régis uma mulher foi presa com base em um artigo previsto na Lei Maria da Penha por agredir o marido.   Sem entrar no mérito, apenas olhando o lado mais humano, foi, é, e será importante para consolidar as relações familiares e acabar com “essa prática que agride com o bom senso e destrói lares indefesos”.
Nosso sistema de saúde está na UTI
No Brasil quando se pergunta sobre saúde, tem-se a impressão de que a mesma está na UTI.  Quando se pensa em unidade de terapia intensiva – UTI vem em nossa mente à figura de alguém a beira da morte, embora os pessimistas falem que na UTI ainda temos chance de reverter o quadro e voltar para uma vida saudável; na questão saúde no Brasil os especialistas não são tão assim tão otimistas.  De uma maneira geral, concordam que faltam políticas públicas que atendam a prevenção, e na pratica da cura as técnicas não são de acesso popular.  Nos noticiários, as clínicas ao invés de tratamento, seus profissionais dão explicações.  A energia que se perde dando explicação e duas vezes maior daquele perdido no exercício da cura.  Estamos tratando com homeopatia quem deveria receber tratamento alopático emergencial.
Fraiburgo oferece algum risco?
Uma agência mundial que classifica os títulos públicos de vários países e analisa os riscos de calote, recentemente e a custo de corte de cabeças, classificaram em um nível mais baixo os títulos americanos que antes eram zero (risco zero), mas que agora oferecem perigo de calote está vendo com olhos mais aberto o sucesso de nossa economia. Se esse modelo fosse aplicado em governos municipais, quais seriam nossos riscos?  Segundos alguns analistas de plantão afirmam que a economia local está muito bem alicerçada e que não corremos riscos, contas públicas em dia, arrecadação em nível crescente.  Apenas que não temos essa agência reguladora, que o único sistema de aprovação será através do voto, qual vai ser a nota que daremos para fraiburgo?
O Pecado está no excesso
Sempre que penso em nosso modelo de sociedade, observo os mais variados mecanismos de controle social.  Escolas, Igrejas, Clubes Sociais, filosofia, ideologia, Estado e até o trabalho.   Quando escuto a palavra pecado, tenho muita dificuldade de entender a sua extensão, pois e sei que todas as coisas são naturais e que o pecado está no excesso.  Até água que é tão boa para vida, ao ser ingerido em excesso pode nos levar a morte.  Todo exagero deve ser evitado, o equilíbrio é o que nos mantém no caminho da vida longa e saudável. Neste inverno, aquela que propicia a vida, a água, em forma de chuva, está em desordem com a nossa vontade, e se manifesta no pecado do excesso, afogando os desavisados e matando de sede por onde não passa.

A nossa rotina muda com a chuva
Basta amanhecer chovendo, para que a rotina mude e com ela nossa vontade.  É tão clara a mudança que sentimos isso no comércio com a diminuição dos clientes, no trabalho pelo aumento das faltas do assalariado, na escola e na universidade com a sobra de carteiras vazias. No atraso da entrega dos jornais. Na fazenda com a roda de chimarrão e com o aumento de legumes na lavoura.  Hábitos que mudam, mas ajudam a manter sem mudança uma tradição que durante muito tempo insiste em existir, de se manter seco por que quem sai na chuva tem que se molhar.