19/08/2011

PUBLICADO NO DIÁRIO DE FRAIBURGO NA EDª 81

Exagero financeiro também é violência
Em nosso cotidiano, em nossa vida habitual, sempre observamos tudo com olhos bem abertos e com a mente bem ativa como se soubesse a resposta para tudo. Bem sempre temos uma resposta para explicar as aberrações da nossa vida e da nossa sociedade.  Observo no noticiário com que volatilidade os técnicos de futebol negociam suas transferências de clube para clube.  E como somos até indiferente quando tomamos conhecimento dos valores que são pagos como salários para esses iluminados.  Quero chamar a atenção em um país onde o salário mínimo não é garantido a todos, a violência se manifesta nos altos salários pagos a profissionais que não são essenciais para vida habitual. E a grande sacanagem é que eles querem ser chamados de “Professores” (esse sim essencial para vida habitual), mas você já viu um professor que receba mais de 250 mil reais por mês?  Exagero financeiro também é violência institucional.

No PMDB a escolha será apertada
Comenta-se nos bastidores, que o diretório do PMDB se divide em dois, uma ala dando apoio ao favorito Beto Ferreira e outra que gostaria de ver Gabriel Fantin como representante na majoritária.   Mas antes da saída de Valdir Aquino do PMDB (hoje no PSD) provavelmente este diretório se dividia em três alas, pois Aquino deixou com certeza seus admiradores.  A grande dúvida levantada é para qual lado migrarão estes antigos parceiros, será que apoiarão Beto ou Gabriel.  O que se sabe é que está disputa, se houver, será bastante acirrada o que demonstra hoje que o PMDB não tem um nome que possa ser unanimidade.   

A Falta de tempo
Tempo é uma questão de preferência.  Já perceberam que quando o assunto é do nosso interesse nós damos um jeito de achar tempo para realizar essa determinada atividade.  Até mesmo quando decidimos não fazer nada, precisamos achar o tempo vago necessário para isto.  Mas quando decidir refletir sobre o assunto sentirá um enorme conflito, pois tempo além de preferência é o único bem real que dispomos. Tudo está relacionado com ele e o aproveitamento dele é que vai determinar se teremos sucesso ou não.  Poderia escrever mais sobre isso, mas acho que hoje estou sem tempo para fazê-lo.

Cinqüenta anos uma marca forte
Ao voltar  morar em Fraiburgo, por questões familiares escolhi o bairro São Sebastião. Ao descer pela passarela, vi uma placa comemorativa de frente para rodovia SC-453 onde dizia: em 2011, Fraiburgo 50 anos, Hotel Renar 30 anos e Posto maçã 25 anos, por alguns instantes pensei, nossa o tempo passa, e tentei imaginar quantas outras coisas importantes aconteceram nesse período. Depois de um estalo, lembrei-me que durante o mês que vem, também comemoro aniversário, e completo, 50 anos (meio Século). Alem da coincidência de ter eu ter nascido no mesmo ano em que a cidade foi fundada, fiz um exercício rápido de lembrar quantos acontecimentos importantes houve neste período. No final, cheio de auto-estima, suspirei e disse em voz alta: cinqüenta anos uma marca forte, parabéns aos cinqüentões.

Se a culpa é minha
Os leitores sempre vêem nos Jornalistas alguém que vive de mau humor, anotando reclamação e que ficam apontando os defeitos da sociedade e dos outros.  Que preferem saber de uma fofoca, a saber, algo que transforme a sua vida.  Que jornalista adora deixar sempre o citado em situações de desconforto.  Mas a verdade é que nós Jornalistas não inventamos as vontades, apenas descrevemos as vontades expressas na sociedade. Se você adora acidentes, logo verá acidentes estampadas nas capas dos jornais, não inventamos os acidentes.  Como a maioria gosta de achar um culpado pra tudo, Deus, Estado, os outros (menos ele) ficam sofisticando suas fraquezas e passam a culpar o mundo. Nessa entra também o Jornalista.  Mas  eles tem razão pois se a  culpa é minha eu a coloco em quem eu quiser

Razões do insucesso partidário
Subentende-se que em todo trabalho partidário precisa-se de muita união.  Falar a mesma lingua facilita muito.  Observando partidos que não lograram exito, que hoje estão sem representatividade no legislativo, identifico causas comuns.  No caso especial do PP de Fraiburgo há uma divisão clara, tanto que poderiamos classificar de dois “PePes”, o partido progressista e o Partido do Pizollati.  Enquanto a vontade da minoria persistir o partido não voltará a ser grande.