30/01/2013

A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA PELO ÂNGULO QUE NINGUÉM COMENTA

A tragédia em Santa Maria me faz sentir uma mistura de raiva e desânimo. Raiva pela hipocrisia generalizada, desânimo pelo pacto de silêncio que nestes momentos se exige “em respeito às vítimas”, como se observar as verdadeiras dinâmicas políticas, sociais e econômicas por trás destes eventos fosse o problema e não a solução. Mas há outro ângulo de visão por trás da fachada que cada grupo de interesse apresenta em público nestes momentos.

 
 
A GRANDE  MÍDIA

 
A grande mídia colocou essa tragédia – com 232 mortos até agora – nas primeiras páginas e nos destaques dos jornais em todo o mundo. O tom é de suposta comoção e de suposta indignação pelo desperdício de vidas humanas. Mas quando morreram mais de 800 pessoas nos deslizamentos de terra da região serrana do Rio de Janeiro, fora os 450 desaparecidos, 8700 desabrigados e 20.800 desalojados, ninguém publicou uma edição inteira voltada a um único assunto, como fez Zero Hora nessa segunda-feira, nem cobrou com tanta gana uma investigação profunda e uma responsabilização exemplar dos responsáveis. Por quê? A vida humana não é tão preciosa em Nova Friburgo (408 vítimas) quanto em Santa Maria (232 vítimas)? 
 
 

A resposta é bem simples: em deslizamento de terras só morre pobre, enquanto no incêndio em Santa Maria quem morreu foram universitários das classes A e B, estudantes de medicina, direito, engenharia, veterinária, tecnologia de alimentos e outras profissões de primeira linha, “gente importante, filhos de gente importante”. 
 
  

Além disso, é muito fácil “apurar as responsabilidades” quando se trata de um estabelecimento privado cujo proprietário não é politicamente ativo e de funcionários de último escalão do poder público. Uns e outros, assim como as vítimas dos deslizamentos, não são “gentes importantes”. No caso dos deslizamentos, os responsáveis são políticos importantes, que deixam de aplicar a lei para não perder votos e é criticada apenas proforma, superficial e rapidamente quando acontece uma tragédia.
 
 
  
              
A regra é clara: comoção da grande mídia e interesse por apuração rigorosa dos fatos e pelas devidas responsabilizações são coisas que só acontecem quando a vítima é importante e o responsável não é.

BOMBEIROS ENCONTRAM CORPO DE RAPAZ AFOGADO NO LAGO

Jovem de 22 anos alcoolizado morre afogado no lago das araucárias em Fraiburgo

 
Rafael de Souza   (Foto Radio Fraiburgo)

Hoje (30/01) aproximadamente às 12h30min no lago das araucárias bem no centro de Fraiburgo, um homem de  22 anos, morador do bairro Jardim América, de nome Rafael de Souza, visivelmente embriagado, entrou no lago para nadar e acabou morrendo afogado, após três horas de busca seu corpo foi encontrado pelos bombeiros. No chão ficaram suas roupas e duas garrafas de cachaça, uma vazia e a outra pela metade pela metade. Contam populares, que em menos um ano ele teria perdido um irmão mais novo,  afogado no lago da pedreira, uma tragédia familiar que se repete.  O pai (João) e  mãe (dona Salete)  do afogado estavam na beira do lago acompanhando o resgate, ela teve uma crise nervosa precisou de auxilio médico e foi encaminhada ao PA municipal para receber medicações. 
 Foto Cesar Malinoski
 
Dezenas de pessoas acompanharam resgate do Corpo de Rafael de Souza, o que prova que todo evento trágico ainda interessa há muitas pessoas, razão pela qual o jornalismo moderno se pauta muito em cima da catástrofes desta natureza, há criticos deste genêro mas ainda são a grande minoria.
 
 

29/01/2013

DEMORA NO JULGAMENTO DE PROCESSO IMPULSIONA OCUPAÇÃO DE TERRAS QUESTINONADAS PELOS ÍNDIOS

As terras ocupadas pertencem a uma empresa e são reconhecidas originalmente como terras indígenas, mas o processo na justiça se arrasta há anos e isso desagradou os lideres indígenas que ordenaram a nova ocupação.
 
 
 
Cacique Eufrásio  ao centro  (sem camisa / da esquerda) falou do objetivo da ocupação 
 

Convidado pelas lideranças indígenas de Fraiburgo, nossa reportagem chegou ao local onde foram montadas as barracas de lona preta e onde 15 famílias Caingangues, cerca de 40 pessoas estão acampadas em protesto contra a demora de um julgamento de uma terra supostamente indígena.  Ontem dia 28 de Janeiro de 2013 elas deixaram suas casas na cidade (Todos pagam aluguel) para ocupar a área em litigio e criar o acampamento em defesa aos seus diretos a terra. Esta área fica há apenas algumas centenas de metros do centro de Fraiburgo, em meio a conflitos com as empresas, hoje o atual titular da terra é empresa Trombini Papéis, segundo eles querem recuperar a terra que lhes foram tiradas no século passado e que contém um cemitério indígena anteriormente catalogado por antropólogos e exaustivamente explorado como apelo turístico pela cidade.    Através desta ocupação querem acelerar a decisão da justiça federal, onde a questão está discutida em processo judicial.    “O índio precisa de terra ou de uma decisão  que o indenize e lhe dê condição de comprar em outo lugar suas terras perdidas” disse: o cacique João Eufrásio, líder dos Caingangues de Fraiburgo. Várias famílias compõe a tribo dos Caingangues entre eles: Eufrásio, Claudino, Farias, Silva, Salle, Isaías, Domingos, Pinheiro, Nascimento, Gonçalves, sobrenomes bem comuns à língua brasileira.
 

 
Presença de Familias com crianças de seis meses a seis anos
 

Ao serem abordados pela nossa reportagem, fizeram questão de mandarem seus recados: “ a maioria percorreram muitos quilômetros para participar desta ocupação, estamos cansados, mas como a causa é justa, vamos até no fim”  disse: Leidiane Eufrásio, filha do líder indígena.
“Temos crianças de seis meses de idade aqui na tribo e já participando deste evento, também há vários adolescentes, o que mostra que a causa sobreviverá por gerações” disse João Claudino.
“O que motivou nossa decisão de fazer nova ocupação foi à demora do estado em nos dar uma resposta, tenho toda essas famílias na minha responsabilidade e não podemos ficar sem um pedaço de terra para tirar nosso sustento” disse João Eufrásio – Cacique.
“Não estamos sozinhos, somos apoiados pelo CIMI, ARPINSUL, FUNAI, ASSINLI, e conselho estadual de Caciques” e algumas ONG’s  do estado, somos pacíficos , só queremos terra para trabalhar” disse o índio Jean.

 


JÁ ESTÁ CIRCULANDO O JORNAL A TRIBUNA EDIÇÃO 57


ASSALTO A RELOJOARIA,   MORTE DE MAURO LOUCO, CONAQUISTA DA MASTER,  REAJUSTE DOS SERVIDORES, AUDITORIA EM IOMERÊ,  INVASÃO INDIGENA EM FRAIBURGO

26/01/2013

MORRE MAURO "LOUCO" PERSONAGEM PITORESCO DE FRAIBURGO

Maurinho "louco" perde a vida em acidente de trânsito.

 
 
A esquerda Mauro Loco e a direita seu amigo Didio 



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Mauro Loco tocando sua gaitinha de boca

Logo depois da meia noite de sábado (26/01) a Policia Militar de Fraiburgo foi informada que houve na SC-453 em frente à POMIFRAI uma colisão de um automóvel CORSA com um ponto de ônibus existente as margens da rodovia. Chegando ao local foi constatado de que se tratava de CORSA de placas, MAS 8420 de Fraiburgo. De acordo com as primeiras informações o veículo percorria o trajeto sentido POMIFRAI ao centro da cidade, e estava sendo conduzido por Claudemir Jesus da Cruz (35) e no banco do carona estava Marcelino Pinheiro de Albuquerque (54).  Claudemir que era mais conhecido por Milão morreu no local do acidente, seu corpo estava no banco do motorista e em suas mãos os policias encontraram um pássaro, possivelmente uma pombinha que estava presa entre os seus dedos.  Marcelino que era mais conhecido por Maurinho, Mauro louco estava do lado de fora do veículo o que se deduz que o mesmo foi projetado para fora do carro na hora do impacto. No interior do carro a PM encontrou uma sacola com pertences do Maurinho e também a sua tradicional bicicleta com volante, o que indica que Milão ofereceu uma carona pro Mauro Louco.  A polícia Rodoviária Estadual do posto de Lebon Régis esteve no local para efetuar a pericia.  As autoridades policiais ainda desconhecem as causas do acidente, foi aberto inquérito policial para apurar as circunstância em que o fato aconteceu. (Fonte: Radio Fraiburgo)
 
Fotos publicadas por Flávio Furtado mostram o estado do veículo e do ponto de ônibus atingido:     
 
Estado do Corsa 
 
 
 Estado do ponto de ônibus
   

23/01/2013

ENTREVISTA COM O PROFESSOR SAPUCA SOBRE A OLIZA

QUEM É O PROFESSOR SAPUCA?         

O entrevistado deste número é o professor David Severo Filho, nascido em Quaraí - RS, morador de Fraiburgo há 21 anos, popularmente conhecido como Sapuca.   É formado em Educação Física, Técnico de Futsal e Futebol, ex-profissional de arbitragem da FCF e FeFS e mentor e organizador desta competição que acontece em Fraiburgo.  Como técnico de Futsal feminino é bicampeão estadual da OLESC em 2001 (Criciúma) e 2003 (Rio do Sul). Acumula vários títulos regionais no comando do Colégio Drummond e colégio Santo Antônio. 

FALE SOBRE A OLIZA?

OLIZA (OLIMPIADA ZABLÓSKI) é um evento esportivo, amador que iniciou em 2005 e foi crescendo de uma forma com a participação mínima de 15 municípios e se manteve durante estas oito edições sempre com um aumento no numero de equipes.

QUAL A DIMENSÃO DA OLIZA ?

Em termos de competição amadora, acredito que hoje é com certeza uma das maiores do nosso estado.  Nessa edição (2013) totalizamos a participação de 172 equipes inscritas nas mais variadas categorias, sendo 34 no municipal e 32 no regional livre.

QUEM PARTICIPA DA OLIZA?

Nas categorias de base também houve um grande numero de participantes sendo dez equipes no juvenil, doze nos joguinhos, dez na OLESC, treze no sub – quinze,  oito no sub - treze e oito no sub – onze.  No feminino há a participação de quatorze equipes.

QUAL A PREMIAÇÃO DISTRIBUIDA NA COMPETIÇÃO?

 A  OLIZA  distribui uma premiação em dinheiro no valor de R$ 5.100,00, da seguinte forma: R$ 2.500,00 para o campeão regional e o restante distribuído conforme previsto no estatuto da competição.

A QUE VOCÊ ATRIBUÍ O SUCESSO DA OLIZA?

Boa parte do sucesso se dá pelo pela forma estrutural da competição e pela variedade nas faixas de idade da competição, pelo apoio maciço dado pelos comerciantes.    Apoio dado de forma especial: Supermercado  Zablóski, Prefeitura Municipal  através da FME, Rádios e Jornais da região.

QUAIS AS CAUSAS COMPLEMENTARES DO SUCESSO?

“Eu acredito que o sucesso da OLIZA deve-se a forma flexível e transparente como se está conduzindo a competição e pela valorosa participação do professor Roberto Rivelino que quando foi convidado para auxiliar aceitou e hoje é fundamental na equipe organizadora”.

ATÉ QUANDO HAVERÁ A OLIZA?

Se depender do “nego véio” e os meus apoiadores continuarem confiando em mim, esta competição vai continuar por muitas décadas, fico feliz por que a competição sempre revela novos talentos  e este ano não será diferente.