10/05/2013

O ADVOGADO FRAIBURGUENSE FLÁVIO MARTINS FAZ HOMENAGENS AS MÃES

MÃES, minhas amadas mães

A unanimidade, segundo parte dos pensadores do universo, é sempre burra. Discordo frontalmente da premissa apresentada porquanto existem determinados fatores que por si só são a prova maior de que a unanimidade nem sempre deve ser burra. Se assim fosse não poderíamos pregar a paz para o mundo porque a paz, se fosse possível ser uma realidade em nosso universo, seria ela uma unanimidade e jamais burra.  No mundo em que vivemos, em nossa necessidade de vivermos em comunidade e por sermos essencialmente sociáveis, criamos ídolos e datas para nela sonharmos os nossos mais belos sonhos.  Mês de Maio, para nós católicos, é o mês dedicado a Maria, a Nossa Mãe e a Mãe de Deus.  Nesse mesmo mês dedicamos o segundo domingo para a celebração da mais absoluta unanimidade em todo o Universo que é o dia das Mães.  Encontro-me no umbral da idade setentenária e meu coração em muito aperta quando fecho os olhos e passo a lembrar-me de minha querida mãe. Eu, já cinquentenário, a perdi fulminada por um coração que enfraquecido não mais conseguiu mante-la em nosso meio. Já homem adulto, naquele dia senti me faltarem a terra sob meus pés, que meu mundo desabou. Meu coração sofreu a dor de uma separação certa, mas que eu não entendia. Minha mãe, minha amada mãe terminara seu tempo nessa terra e foi junto a Jesus porque, sem dúvida, lá era o seu lugar. A minha mãe era uma senhora baixinha, coração maior que o seu corpo, a humildade personificada, seus braços sempre abertos para receber um, mais um, mais um em nossa casa, onde a todos abrigava e, mesmo na nossa pobreza, para todos tinha um abrigo, um pão e uma oração. Minha mãe foi o retrato da mulher que sempre estava no anonimato da vida de meu querido pai. Ela sempre foi o esteio da família. Sempre foi a que mais chorava pelos seus filhos. Sempre foi a que mais vibrava pelas nossas pequenas vitórias. Minha mãe sempre foi a pessoa que mais orgulho tinha dos seus filhos e a todos contava – “olha ele é meu filho, não é lindo? Viu como o meu filho é inteligente. Viu como o meu filho é homem bom? sim ele é meu filho” Essa era a minha mãe que hoje está no paraíso olhando por mim e pelos meus irmãos e irmã.    A mãe maior, no entanto, foi a mãe que eu mais amei na minha vida e a mãe que eu continuo amando intensamente depois da sua morte. Essa mãe eu a chamava de “minha Carolina” enquanto os outros a chamavam de Carolina, carol e mesmo Calorinda (que ela detestava).  Essa mãe eu muito amei, eu intensamente a amei.   A minha mãe e a minha Carolina foram as mães com quem eu convivi sendo que, com a minha mãe fui criado para saber enfrentar as agruras da vida e isso tudo aprendi com as lições que eu deveria estudar, respeitar os idosos, ser homem de bem e, quando assim eu não agia a “mescola” de mexer a polenta cantava em minha bunda. Muito apanhei de minha querida mãe sempre para saber o que era errado. Quando apanhava em minhas brigas com outros amigos, eu apanhava novamente dela para aprender que eu não deveria brigar. Quando me queixava do professor que era ruim, apanhava novamente para aprender que professor sempre nos ensina e se eu achava que o professor era ruim o relapso era eu que não estudava.   Aliás, muito aprendi com as repreensões de minha querida mãe e, de seus surras nenhuma sequela tive, muito pelo contrário. Aprendi dizer “muito obrigado” chamar os mais velhos de “senhor – senhora” dizer “desculpe-me” – “com licença”. Aprendi respeitar as mulheres, os idosos. Aprendi que a humildade é a verdadeira virtude do homem de bem. Aprendi que devemos sempre bem ouvir antes de falar. Aprendi que todos devem ser respeitados.    Com a minha querida Carolina dividi momentos divinos que só quem muito ama pode saber a sua dimensão. Essa mãe Carolina foi a minha companheira nos momentos mais difíceis de minha vida e sempre apoiou-me incondicionalmente. Com ela dividi muitas lágrimas e muitas alegrias. Com ela tivemos muitas vitórias lindas. No meu desespero e nas horas em que eu ia desistir ela lá estava para dizer não, levanta-te que eu estou aqui contigo.  As minhas duas mães e os dois meus grande amores hoje estão no céu. Eu sei, as duas olham-me com o mesmo amor carinhoso e conduzem-me para a serenidade de uma vida a sós. Minha mãe preciso continuar recebendo suas bênçãos. Minha amada Carolina continue olhando para mim.    Parabéns minhas duas amadas mães nesse vosso dia. No meu momento de estar sozinho com vocês erguerei a taça dos meus pensamentos para vocês e direi comigo mesmo, parabéns minhas queridas pelo dia das mães. À minha amada filha e todas as mães de Fraiburgo e de nossa Região parabéns. 
Flávio Martins