Nesta reportagem quero relembrar um
fato contado por pescadores que aconteceu em Julho de 2000. Quando nos referimos
a uma história duvidosa dizemos; “história de pescador”, no fundo a estória é
verídica e a fama de que os pescadores são mentirosos é pelo fato de eles
aumentarem em muito suas aventuras. Aqui, no entanto é uma história verídica,
sobre uma cobra que engoliu um dentista pescador identificado como sendo José
Ronaldo. O fato verídico aconteceu em
Mato Grosso, mais precisamente as margens do rio Araguaia. Um grupo de quatro pescadores do interior
paulista dentre eles o dentista José Ronaldo, se aventurou como faziam já há
tempos, nesta época do ano, a uma pescaria nas águas do famoso rio, em busca de
grandes pintados, pirarucus, pirararas, tucunarés e piraíbas. Mas na verdade
acabaram encontrando uma sucuri de 12 metros e meio que pôs fim a sua pescaria.
Tão logo chegaram as margens do rio, escolheram uma clareira para montar
acampamento e ao entardecer, resolveram tentar descobrir pesqueiros. Os quatro se separaram ao anoitecer, apenas
três retornaram, ao acampamento. Preocupados os três começaram a gritar mato a fora,
o nome do dentista. Nenhuma resposta e a mata fechada, aliada á falta de luz
fez com que voltassem ao acampamento, e esperaram pelo amanhecer. Os três
passaram a noite acordados. Acreditavam que José Ronaldo tinha sido atacado por
uma onça ou qualquer outro animal, com os primeiros raios de sol deram continuidade
as buscas. Bateram vários quilômetros e somente no final da tarde encontraram a
primeira pista para localizar o dentista.
Eram pedaços de suas roupas que estavam à margem do rio. Havia sinais de luta. Logo dois pescadores
pensaram que se tratava de um assalto, ou sequestro e ressurgiram as esperanças
de que José Ronaldo ainda estivesse vivo.
O terceiro pescador mais experiente viu o mato amassado e afirmou que
aquele rastro era de uma cobra provavelmente uma sucuri e ela deveria de ter mais
de dez metros. Com a aproximação da noite os três voltaram ao acampamento, e
somente no dia seguinte seguiram o rastro encontrado. Na tarde do terceiro dia
eles avistaram uma grande cobra sucuri dormindo ao lado do rio. Era enorme
tinha parte do corpo deformado.
Logo eles suspeitaram ser o corpo do dentista. Usando
um revolver e pedaços de paus eles atingiram a cabeça da cobra, matando-a e em
seguida a carregaram até o acampamento, onde a colocaram na carroceria de um
caminhão e foram para Barra da Garça. A
cobra foi aberta e o corpo do dentista retirado. A história não teve que ser
aumentada e ao contrario de outras contadas por pescadores não teve um final feliz. A sucuri é uma cobra que não possui veneno,
ela se enrola na vitima. Sufoca-a, quebra-lhe todos os seus ossos e a engole
deslocando suas mandíbulas .