Tenho lido nos Facebook’s a seguinte
frase "Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome
de ano, foi um individuo genial”. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar
no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos. Ai entra o milagre
da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de
acreditar que daqui para adiante vai ser diferente. Esse com certeza é um dilema frequente em
nossa vida. Se por um lado temos o caminho certo ditado pela ética e pela moral,
por outro lado está nosso conforto, nossa preguiça que visando fazer o certo precisa que tomemos
atitudes, erguemos nossas vozes e tomemos as rédeas da liderança . No entanto, não
é surpresa que temos medo do compromisso, da responsabilidade. Não conseguimos viver sabendo dos riscos das
consequências de nossos atos e isso nos leva a outra questão: por que fazer o
certo não pode se tornar natural? Ao invés disso, nossa indisposição prevalece
sobre as diminutas boas intenções enterradas em nosso superego. Muitos já me disseram que é porque o errado é
o mais gostoso. De que é a nossa
tendência viver desregrado! Uma vida que se baseia na lei da inércia é bastante
fácil e muitas vezes convergem na direção do errado. Então pergunto pra que esse esforço em
resistir às adversidades? Deixe que as correntezas da comodidade ditem o
caminho. Mas se não reagirmos, quem o
fará? Se não tomarmos partido quem tomará? Vivemos os tempos da comodidade, perdemos
nossa inspiração, cansamos da surpresa e como se não bastasse nos acostumamos
com a falência da sociedade. Tornamo-nos insípidos. Os sonhos que outrora eram
coloridos e nos motivavam a continuar a viver já morreram! E assim, nosso vigor
para continuar se esvai. Vivemos uma vida medíocre controlada pelo piloto
automático. Ano novo, tempo de mudança,
onde a diferença deve prevalecer. Feliz
2013
(Cesar Malinoski )