17/09/2011

PUBLICADO NO DIARIO DE FRAIBURGO EM 17/09/2011

Onze homens e um destino

Parece até tema de filme, mas não o é. Tampouco apologia ao grupo do onze de Brizola.  Muito menos um apelo de filiação no partido progressista.  É na verdade o número de vereadores que a Câmara de Fraiburgo terá em 2012. Após uma longa conversa que tive com a maioria dos atuais vereadores, eles foram bem claros, vão revogar a lei que aumenta as vagas, mas vão escolher um meio termo entre o que o “povão” prefere (Treze vagas) e o que a elite organizada quer (Nove vagas), numa tentativa de agradar a “Gregos e Troianos” e ficar com posição de vantagem sobre a opinião pública.  Depois da nova eleição estaremos com onze homens dirigindo o nosso destino.

Político só muda o endereço 

Alguns profissionais demoram mais tempo para consolidar sua credibilidade.  Jornalistas e Políticos estão entre os que precisam de um longo tempo de “prestação de serviço” para serem, se bons, considerados confiáveis. Todo dia aparece mais um querendo vender uma imagem de intocável e de inventor da roda.  Tenho feito um exercício diário de caminhada, e nesta, encontro pessoas, converso sobre assuntos diversos e entrego alguns jornais. E resolvi levar um jornal na casa de um político amigo, que considero confiável, passei por uma rua que me possibilita enxergar a janela da cozinha de sua casa. Avistei o político amigo na janela, mas ele nem me viu.  Fui pela frente o cachorro me recepcionou, e com o barulho do cão, veio um serviçal pegar o jornal e me dizer: pode deixar que eu entrego, meu patrão tá viajando.  Fui educado e disse tudo bem, sai caminhando e pensei: político só muda o endereço.

Pinus e a função social

Existe muita propaganda enganosa em torno das plantações de Pinus, muito apreciada aqui em nossa região.  Do ponto de vista social, leva de 18 a 20 anos para produzir a riqueza e neste período, pouco trabalho coletivo gera. Em regiões onde está cultura invasora se disseminou, empobreceu a cultura e literalmente o “povo”. Em comparação com uma lavoura, se fosse à mesma área, quanta coisa orbitaria em torno dela, talvez uma comunidade numerosa, como acontecia no passado.  O Pinus não cumpre a função social, ele afugenta o agricultor familiar, e impede a criação de trabalho no campo.  Além de reproduzir o trabalho sem especialização concentra renda nas mãos de grandes exploradores da mão de obra barata.

Temido ou amado?

Toda cidade tem aquele "personagem" que viveu o dia a dia e pelo fato de ter vivido para a cidade, se identificou com a cidade.  Com seu trabalho, com sua opinião, ajuda a escrever a história de seus habitantes.  No exercício da excentricidade e nas suas frases de efeito torna-se um destaque histórico.  O personagem pitoresco de hoje é o agricultor e professor: Adíson Benelli um autêntico questionador a moda antiga.  Que com seus conceitos e sua intensa participação na vida civil e pública, se tornou conhecido, respeitado e até temido pelos moradores desta cidade.  Esta coluna é dedicada a homenagear pessoas simples, como você, que faz a nossa cidade como ela é.   

A Hora dos Suplentes

Quando chega esta época, um ano antes das eleições, uma agitação no meio político se torna mais evidente.  Com isso a “alegria dos Suplentes” fica mais explicita.  Seja em que situação for sempre tem um suplente de não sei o que, assumindo um pouquinho. Como coincide com a época de mudanças, de criações de novos partidos, de coligações, de acordos.   Podemos dizer grosso modo que; “Tá chegando à hora dos suplentes”, como diz um filosofo do interior, sempre tem à hora da caça e à hora do caçador, só resta saber em que ordem que isto vai acontecer.