20/06/2018

Nem a crise dura para sempre


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Os eventos do mundo em ciclos é praticamente uma lei da Natureza. A vida dá lugar à morte, e dos restos da morte brotam novas vidas. Impérios nascem, crescem, chegam ao auge, decaem e desabam, e de seus escombros surgem novas culturas e estruturas políticas. O mesmo é verdadeiro em se tratando das crises na política e na economia. A prosperidade acaba dando lugar ao estado de crise, e a crise, cedo ou tarde, começa a diminuir até dar lugar a um novo período de desenvolvimento social e econômico e volta da prosperidade. Será assim também com muitos dos governo atuais. Esses mandatos não durarão para sempre, e muitos dos retrocessos que impuseram acabarão inevitavelmente sendo revogados, revertidos e/ou compensados. Ou seja, o estado atual de nuvens pesadas nos céus do Brasil e do mundo é temporário e vai passar. Afinal, o mundo é cíclico, e toda tempestade é sucedida pela bonança.
Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.  John Kennedy