O
deputado federal e ex-governador Esperidião Amin (PP) rompeu o silêncio e
comentou a discussão da semana que passou sobre o veto do PMDB à participação
do PP na coligação pela reeleição de Raimundo Colombo (PSD).
Confira trechos das respostas dadas à repórter
Rosane Felthaus. - Não consegui
acompanhar tudo. Mas foi uma semana muito pornográfica. Achei que os
malfeitores estavam muito assanhados. -
Há uma dívida de R$ 15 bilhões, um número simbólico, que o povo vai ter que
pagar. Os malfeitores que fizeram essa dívida passaram a semana arrotando
impropérios contra o meu partido. Eles não fizeram campanha a favor da Raimundo
Colombo. Não disseram “o Raimundo é o melhor para o Estado”, não. Eles disseram
“fiquem com o Raimundo que nós vamos mandar no Raimundo”. Veja bem. Fizeram uma
campanha arrotando desaforo, impropérios sobre o Partido Progressista, e
arrotando mandonismo sobre o governador.
- Isso é ruim até para a figura do governador. Passaram a semana dizendo
“podem votar no Raimundo que ele vai ficar na nossa mão, vamos colocar ele numa
gaiola, ele vai passar o governo para nossa mão antes de acabar o mandato, nós
vamos mandar antes, durante e depois”. Passaram uma semana em campanha,
televisão, jornal, rádio. Qual era a campanha? Não era dizer que iam melhorar a
saúde, a educação, fazer estrada mais barata. A mesma turma que não é capaz de
fazer a ampliação da estrada para os Ingleses. Quem administra? É o Cobalchini,
que o Luiz Henrique considera o vice ideal, e o Paulo Meller, que é o homem do
Eduardo Moreira. Eles não são capazes de ampliar a caixa de uma rodovia que o
Colombo Salles fez há 42 anos. Com os recursos técnicos da época, Colombo
Salles fez uma estrada que eles não são capazes de ampliar. Eles não disseram
que vão melhorar a educação, a saúde, que a segurança vai ter menos ônibus
incendiados, que os Amarildos vão ser tratados com humanidade, não tem uma
palavra a respeitos dos interesses do povo. Luiz Henrique, Eduardo Moreira e os
demais malfeitores, responsáveis por R$ 15 bilhões de dívida ilícita. Eles só
falaram em poder pelo poder. - E nós
vamos ter que discutir se eles ganharam a convenção ou não, se vão deixar que
ele convide ou não, sei lá, o PP, o PSDB. Ele quer fazer sua eleição. Eles não
tem proposta para o Estado, mas tem proposta para mandar no governador e para
vetar a participação de um partido que eles não disseram que fez mal para Santa
Catarina. Eu tô dizendo: eles fizeram mal e nós vamos ter que pagar. Malfeitos
e malfeitores. Eu não estou falando do passado, estou falando dos R$ 15 bilhões
que nós vamos ter que pagar no futuro. Do Mensalão, tem gente na cadeia. Aqui,
R$ 15 bilhões e não tem gente na cadeia. Mas vamos ter que pagar. - Uma dívida de R$ 15 bilhões, ilícita,
criminosa, resultado de três componentes. Os precatórios, uma operação
criminosa impune. O que é o pior coisa que existe para uma sociedade, os crimes
impunes. Porque os crimes punidos, se bem ou mal, se em excesso, pelo menos
tiveram punição. Esse é o pior, é o crime impune. Outro crime