28/08/2013

CÂMARA DE VEREADORES APROVA MOÇÃO EM FAVOR DA APAE

Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino, e o que diz a Meta quatro do Plano Nacional de Educação que servirá como diretriz para todas as políticas educacionais do país para próxima década (2011-2020).   Em Fraiburgo, pais, amigos, e professores dos alunos da Escola Maria Frey – a APAE do município, mobilizaram-se e participaram da sessão da câmara dos vereadores, na noite de segunda-feira (26-08), onde foi aprovada uma moção, pedindo a revogação da medida do MEC.
 Inúmeros integrantes da APAE estiveram na sessão
Na última década, o país registrou uma evolução significativa na política de inclusão das crianças com deficiência em escolas de ensino regular. Entre 1998 e 2010, o aumento no número de alunos especiais matriculados em escolas comuns foi de 1.000%. Em 1998, dos 337,3 mil alunos contabilizados em educação especial, apenas 43,9 mil (ou 13%) estavam matriculados em escolas regulares ou classes comuns. Em 2010, dos 702,6 mil estudantes na mesma condição, 484,3 mil (ou 69%) frequentavam a escola regular. Em contrapartida, o percentual de estudantes matriculados em escolas especializadas e classes especiais caíram no período. Se, em 1998, 87% (o equivalente a 293,4 mil) se enquadravam nesse perfil, a taxa foi reduzida a 31% (o que corresponde a 218,2 mil) do universo total de 2010.

Todos os vereadores usaram a tribuna e foram solidários a APAE
Os números ajudam a entender o efeito causado pelos anúncios feitos pelo governo federal e pelo Congresso Nacional no final de 2011. Em primeiro lugar, o lançamento, em 17 de novembro, do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - o "Viver sem limites". O pacote do programa trouxe, em meio a uma série de medidas, a notícia da revogação do decreto 6.571, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008 e considerado por muitos um avanço para o debate sobre educação inclusiva, porque concedia o caráter de complementar ao atendimento feito por escolas e classes especiais, como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes).    A outra bomba na discussão foi lançada com a leitura do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020, que aconteceu em dezembro na Câmara dos Deputados. A meta número 4, que antes se pautava somente pela inclusão, agora abre a possibilidade para o atendimento apenas em classes, escolas ou serviços públicos comunitários a alunos para os quais não seja possível a integração em escolas regulares.    Além de deixar muitas perguntas no ar, as duas notícias reacendem questões antigas sobre a política de educação inclusiva no país, e incitam, mais uma vez, a "briga" entre os dois grupos envolvidos no debate: aqueles que defendem a matrícula na escola regular como um direito fundamental, e os que apontam a falta de infraestrutura das escolas públicas, que seriam incapazes de atender alunos com necessidades especiais. Desta vez, o processo conta com um agravante: a falta de precisão tanto do decreto 7.611, assinado pela presidente Dilma Rousseff para substituir o 6.571, como do texto do PNE. 

Vereador Josiel falou sobre a moção de sua autoria

Vereador Josiel Nunes da Silva autor da Moção
Aprovada por unanimidade a MOÇÃO de autoria do vereador Josiel Nunes da Silva, subscrita pelos demais vereadores, que será enviada ao Ministro da Educação, Governador do Estado e ao Senador José Pimentel PT/CE, repudiando a alteração no Plano Nacional de Educação, mais precisamente a meta número 4, que obrigará que todas as pessoas especiais, ou seja, deficientes intelectuais e múltiplos sejam matriculados na rede de ensino regular. Disse o Vereador “Não tenho dúvida nenhuma que nossas escolas básicas não estão preparadas para este serviço, ou seja, tem muita coisa no Brasil com padrão FIFA (estádios, aeroportos etc), mas a educação não esta neste nível”. As APAES tem sido referencia neste tipo de atendimento educação e para quem não sabe a nossa APAE em Fraiburgo, tem uma excelente estrutura e cuidam de 125 fraiburgueses, com muito carinho e dedicação, ensinando e lhes dando uma oportunidade de verdadeira inclusão, com oficinas, esporte, lazer, sala de computação, fisioterapia, psicologa, fonoaudióloga, medico psiquiátrico, assistente social, transporte e tantos outros lindos trabalhos prestados por esta entidade, que eu mesmo presenciei em loco, então não podemos permitir que acabem com as APAES, e esta moção é para dar voz a nossa indignação e também aqueles fraiburguenses tão especiais, que alguns nem voz não tem, e que não podem ser colocados em uma sala de aula regular e ser submetido ao desprezo,buling e humilhação