Por Adriano Ribeiro
Decepcionou a ausência do governador João Raimundo Colombo (PSD) na
posse da nova diretoria da Uniarp, ocorrida sexta-feira passada, na Arena
Multiuso. Faltou com respeito com os caçadorenses e com extrema deselegância.
Critérios que não estão à altura de um chefe de Estado. Pior que o descaso foi
a falta sequer de uma justificativa ou de um motivo aparente que justificasse
sua falta. Colombo teve tempo de sobra para comunicar que não poderia estar
presente. Quando a nova diretoria e reitoria lhe fizeram o convite sugeriram
inclusive que ele escolhesse a data mais possível para vir e proferisse a aula
magna. Daí para não se fazer presente é uma lacuna que não tem explicação. Como
fez inúmeras vezes no ano passado, Colombo voltou a se comportar. Em 2013,
remarcou sua visita a Caçador por inúmeras vezes. Quando feito ‘liberou’ R$ 1.6
milhão para a direção do Hospital Maicé. Sugiro aos colegas de profissão que
questionem se o recurso foi liberado, passados meses após sua presença.
Definitivamente Caçador não tem um governador, saudades de Luiz Henrique da
Silveira que tratava os caçadorenses com respeito. Além
da falta de consideração com um amigo de longa data, o novo presidente Sandoval
Caramori, no campo político o lageano foi desastroso. O reitor Adélcio Machado
fez pessoalmente o convite ao chefe do Governo Estado. Machado convidou todo o
staff educacional do Estado. Reitores, amigos e familiares fizeram-se
presentes. Após o evento, via-se na cara do reitor a decepção estampada. O
momento é de costura política com vistas as eleições de outubro, quando
Raimundo buscará a reeleição. Tenta seduzir o principal parceiro, o PMDB a
continuar no projeto. Pois é, uma sedução no mínimo esquisita. Quem conhece um
pouco de política sabe da influência de Adélcio Machado nas internas do PMDB,
onde ocupou por anos a secretaria. Ele vota na convenção que vai decidir se o
PMDB respalda o governo Colombo. Ele e sua esposa, Silvania Santos, além de
outros militantes com voto, que são influenciados pelas idéias do nosso reitor.
É, definitivamente, Colombo tem métodos questionáveis de seduzir seus aliados. Fato
é que o protocolo da solenidade não deu o motivo da ausência. Sequer uma
mensagem foi encaminhada pela Casa Militar. Em substituição a Raimundo veio o
secretário de estado da Educação,
Eduardo Deschamps, um profundo conhecedor do setor. Porém, não era o que
os mais de 3 mil acadêmicos aguardavam para ministrar a aula magna. Foi um
desastre. Uma
debandada de acadêmicos teve início assim que o palestrante substituto início
sua conversa. Começou falando de cidadania, que vamos combinar, um assunto,
entendo que, mais que mastigado para uma platéia de nível superior. Em seguia
embretou uma palestra sobre o “ensino público” que... ... ele dirige por sinal.
Confesso que também não aguentei. Fiz companhia aos demais colegas da imprensa
que localizavam-se em frente a arena. Nas arquibancadas poucos acadêmicos. Por
educação assistiram a ‘aula magna’ os convidados para a solenidade, autoridades
e diretoria da Uniarp. Interlocutor confessou que o prefeito Beto Comazzetto (PMDB) até pensou
em sair pela tangente. Mas, como poderia fazer, sendo o prefeito anfitrião.
Assistiu a aula magna a turma da ‘boia’ que foi servida em seguida no
Restaurante Di Fratelli. Aliás nem
Deschamps acompanhou o jantar. Realmente uma pena. Falta de consideração com uma das instituições mais
respeitadas de Caçador, nosso orgulho e falta de respeito com a diretoria que
deixa o comando e principalmente com os novos dirigentes que estão assumindo,
empolgados em realizar um bom trabalho. Caçador não merece isso! “Falta de consideração com uma das instituições mais
respeitadas de Caçador, nosso orgulho”