Eduardo escreve sobre o tempo como poesia...
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| Livro recebido pelo correio e lido pelo jornalista |
O poeta catarinense Eduardo Bechi, natural de Videira (SC), tem conquistado leitores de todo o país com sua obra Pretérito Perfeito – Uma Autobiografia Literária, em que revisita memórias, afetos e a inevitável passagem do tempo com uma escrita sensível e acessível.
Nesta autobiografia, o poema que dá nome ao livro se destaca pelo equilíbrio entre emoção e técnica. Bechi constrói seus versos em uma linguagem coloquial e fluida, fazendo com que qualquer leitor se reconheça em suas palavras. “Você que sempre esteve presente no meu passado / E hoje em dia tão ausente no meu presente…” — é com frases como essa que ele nos convida a revisitar nossas próprias lembranças.
O autor emprega jogos verbais com os tempos gramaticais — pretérito perfeito, mais-que-perfeito e futuro — como forma de refletir sobre o que fomos, o que perdemos e o que ainda pode vir. A escolha não é apenas estética, mas também filosófica: “O tempo não é — nem nunca foi — de esperar”, escreve Bechi, com uma clareza que emociona.
A força da obra reside justamente nessa mistura de simplicidade e profundidade. O amor, a saudade e a ausência são temas centrais, mas tratados com uma proximidade que transforma a leitura em diálogo. Não por acaso, seus poemas têm circulado em escolas, igrejas e eventos culturais, onde o autor também atua como declamador e palestrante, aproximando ainda mais sua poesia do cotidiano das pessoas.
Publicada inicialmente na Antologia de Outono (2013), da Editora Big Time, a obra ganhou uma nova roupagem sob o título Pretérito Perfeito – Uma Autobiografia Literária, também disponível pela plataforma Uiclap. A publicação funciona como uma autobiografia poética, reunindo versos que atravessam a trajetória pessoal e literária de Bechi.
Com forte presença nas redes sociais e uma relação afetuosa com seu público, Eduardo Bechi se firma como um poeta contemporâneo capaz de emocionar sem excessos, e de filosofar sem distanciamento. Pretérito Perfeito é mais do que uma coletânea de poemas — é um espelho onde o leitor pode ver refletido o próprio tempo que viveu e o que deixou de viver.
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