A primeira pesquisa do Ibope sobre as
eleições ao governo, Senado e Presidência sinalizam que os eleitores estão hoje
mais ligados à memória dos nomes do passado do que nos registros atuais da
Justiça Eleitoral.
A disputa ao governo trouxe a maior
surpresa, com a liderança do deputado Décio Lima, do PT, com 16%, superando as
fortes coligações de Mauro Mariani (MDB) com 11% e Gelson Merisio (PSD) com 6%.
Estes três nomes é que efetivamente concorrerão à chefia do Executivo,
decidindo ou influindo no pleito no primeiro ou no segundo turno.
Neste corte, Décio Lima se beneficiou
de um forte esquema que mantém há muito tempo nas redes sociais. Além disso, é
um candidato de trânsito fora das esquerdas. Não está ainda contaminado pelo
brutal desgaste dos governos petistas. E parece beneficiário lema da “renovação
no Estado”. Terá um dilema a resolver: é o mais rejeitado, com 21%.
Os primeiros ao Senado também
sinalizam o recall, com Raimundo Colombo (PSD) na liderança com 27%, seguido de
Esperidião Amin (PP) com 23%. Paulo Bauer (PSDB) está com 19% e Jorginho Melo
(PR), com 8%. Surpresas com Roberto Salum (PMN) já com 6% e com Lédio Rosa
(PT), com somente 2%.
Espantosa mesmo é a liderança de Jair
Bolsonaro (PSL) para presidente. Como Lula está fora, porque é presidiário e
ficha suja, prevalece o cenário sem o petista. Ali, o capitão consolida posição
com 28%, contra apenas 9% de Marina Silva (Rede), seguido de Ciro Gomes (PDT)
com 8% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 7%.
É previsível que estes dados sejam
alterados com o início da propaganda no rádio e na televisão. Lá pelo dia 15 de
setembro é que se terá projeção mais sólida sobre viabilidades dos mais bem
estruturados. Fonte: Moacir Pereira.