(Foto: Leo Munhoz, Diário Catarinense) |
A derrubada do veto
de Raimundo Colombo à lei que concedeu benefícios aos servidores da
Defensoria Pública do Estado aumentou a distância entre o PSD e o
PMDB de Santa Catarina. Soma-se a outros fatos, revelando que não há
mais condições políticas de entendimento. Muito menos de uma
aliança para disputa das eleições de outubro.
O governador Eduardo
Moreira continua dispensando tratamento diplomático, com elogios ao
antecessor. Na prática, contudo, os amigos de Colombo identificam
vários torpedos. Um dos principais: o sepultamento do Fundam 2,
menina dos olhos do ex-governador. Raimundo Colombo circulou durante
o ano de 2017 por todas as regiões, reuniu-se com os prefeitos
prometendo os R$ 720 milhões que tinha garantidos do BNDES e que
iria distribuir às 295 prefeituras. Perdeu tempo e dinheiro. O
Fundam 2 acabou. O governador Eduardo Moreira disse que o BNDES não
aprova projetos de varejo, apenas obras estruturantes.
A postura dos
deputados de PSD, PP e aliados na Assembleia Legislativa, segundo o
Centro Administrativo, tem sido de retaliação contra Moreira. Vetos
derrubados que aumentarão as despesas e podem causar até atraso no
pagamento de salários, pois a folha terá aumentos pesados, fruto de
leis já em vigor. E ninguém garante aumento da arrecadação.
A presença de
Raimundo Colombo na posse de Eduardo Moreira, em ato oficial da
Assembleia Legislativa, foi anunciada. A participação de Eduardo
Moreira no ato de despedida de Raimundo Colombo, em Lages, também.
Não aconteceu nem uma coisa, nem outra.
Mudanças que estão
ocorrendo no primeiro e segundo escalões do governo também causam
reação no PSD. Amigos próximos a Colombo estão sendo ou serão
defenestrados.
Aos poucos, a ponte
PSD-PMDB está implodindo.