12/04/2018

implosão da ponte PSD-PMDB

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A derrubada do veto de Raimundo Colombo à lei que concedeu benefícios aos servidores da Defensoria Pública do Estado aumentou a distância entre o PSD e o PMDB de Santa Catarina. Soma-se a outros fatos, revelando que não há mais condições políticas de entendimento. Muito menos de uma aliança para disputa das eleições de outubro.

O governador Eduardo Moreira continua dispensando tratamento diplomático, com elogios ao antecessor. Na prática, contudo, os amigos de Colombo identificam vários torpedos. Um dos principais: o sepultamento do Fundam 2, menina dos olhos do ex-governador. Raimundo Colombo circulou durante o ano de 2017 por todas as regiões, reuniu-se com os prefeitos prometendo os R$ 720 milhões que tinha garantidos do BNDES e que iria distribuir às 295 prefeituras. Perdeu tempo e dinheiro. O Fundam 2 acabou. O governador Eduardo Moreira disse que o BNDES não aprova projetos de varejo, apenas obras estruturantes.

A postura dos deputados de PSD, PP e aliados na Assembleia Legislativa, segundo o Centro Administrativo, tem sido de retaliação contra Moreira. Vetos derrubados que aumentarão as despesas e podem causar até atraso no pagamento de salários, pois a folha terá aumentos pesados, fruto de leis já em vigor. E ninguém garante aumento da arrecadação.

A presença de Raimundo Colombo na posse de Eduardo Moreira, em ato oficial da Assembleia Legislativa, foi anunciada. A participação de Eduardo Moreira no ato de despedida de Raimundo Colombo, em Lages, também. Não aconteceu nem uma coisa, nem outra.

Mudanças que estão ocorrendo no primeiro e segundo escalões do governo também causam reação no PSD. Amigos próximos a Colombo estão sendo ou serão defenestrados.

Aos poucos, a ponte PSD-PMDB está implodindo.
Fonte: Moacir Pereira
Blog do Moacir Pereira