11/12/2015

Foi assassinado o técnico do kindermann Josué Henrique Kaercher

Foi assassinado por volta do meio dia desta sexta-feira, 11, o técnico do Kindermann de Caçador, Josué Henrique Kaercher, com um tiro no peito.    O crime aconteceu nas dependências do Hotel Kindermann, quando o acusado, Carlos Corrêa, ex-técnico da equipe de futsal feminino local, Pantera Negra, invadiu o hotel e fez várias pessoas como reféns.  ( Fonte: Caçador. online)

O ex-capitão e atleta do Caçador Atlético Clube (CAC), com passagens em vários clubes brasileiro e atual técnico do Kindermann Futebol Feminino, Josué Henrique Kaercher morreu solitário naquela que, na mente de Carlinhos Corrêa, dirigente do Pantera Negra, deveria ter sido uma chacina. Com este pensamento que ele invadiu o Hotel Kindermann e fez de refém toda a diretoria do Kindermann, às 11h30min desta sexta-feira (11).
Motivado por desilusões esportivas o dirigente do time adversário ao Kindermann invadiu o campo inimigo com um só pensamento: matar e morrer. Levava junto um litro, já esvaziado de whisky Passport, 55 munições do seu revólver calibre 32 e uma faca, além de uma lista contendo os nomes dos integrantes da diretoria do Kindermann ou desportistas da cidade: Deco, Josué, Lauro, França, Goela, Neusa e Richard. Dos seis alvos, Josué foi o único que morreu. Richard Kindermann, sobrinho de Salézio Kindermann, só não morreu porque o revólver negou fogo.
Segundo depoimentos que este Informe teve acesso, ao chegar ao hotel o assassino rendeu todos os presentes e os encaminhou a sala de reuniões do Kindermann. Lá explanou, visivelmente alterado, que queria fazer uma declaração importante e que todos deveriam ouvir. Foi nesse momento que apontou a arma para o dirigente Salézio Kindermann. Exigiu que este se sentasse para ouvir o que ele tinha a falar.
Josué reagiu a acabou sendo acertado no peito. Ele morreu na hora. Em segundos Deco e Richard também reagiram e conseguiram tirar a arma de Carlinhos. Porém, antes, ele disparou uma segunda vez, contra Richard, mas a arma não respondeu. Ele foi mobilizado à força, até a polícia chegar. “Ele dizia que a vida nossa não tinha valor e nem a dele e todos iriam morrer e ele junto”, lembra Richard.

Mágoa reprimida

As desavenças no campo esportivo entre o dirigente Carlos Correa e outros atletas da cidade é antiga. Ele sempre reclamava que queria mais espaço no setor. No primeiro semestre deste ano ele chegou a ser chamado pelo Kindermann para dirigir as categorias de base. Porém, foi dispensado na metade do ano, por ir a uma viagem embriagado.
Carlinhos foi encaminhado para a delegacia de Polícia, onde foi fotografado. Em seguida ele foi encaminhado para o Hospital Maicé para curar ferimentos feitos durante a imobilização. Ainda nesta tarde deverá ser ouvido pelo delegado Evandro de Abreu.