PP acena com saída da coligação de
Raimundo Colombo
A
decisão do PMDB de lançar o ex-prefeito de Florianópolis Dário Berger como
candidato a senador alterou o desenho da aliança em torno do governador
Raimundo Colombo (PSD).
Uma semana após receber o convite dos
pessedistas para compor a chapa, o presidente do PP no Estado, deputado federal
João Pizzolatti, acenou pelo desembarque da coligação por causa da novidade do
final de semana.
–
Não há como a gente participar de uma coligação com duas candidaturas de
senador, sendo que o espaço do PP seria o Senado. Por uma questão de correção,
antes de decidir qualquer coisa, o PP vai conversar com o governador para
darmos os encaminhamentos necessários – disse Pizzolatti na noite de ontem.
A
candidatura de Dário contrariou a condição colocada pelo PP para compor a chapa
de reeleição do governador, uma vez que o partido pretendia ser o único dentro
da coligação a indicar nome ao Senado sob o nome do deputado estadual Joares
Ponticelli. Contatado pela reportagem, o parlamentar pepista preferiu não
comentar o caso, dizendo apenas que sua candidatura agora "pertence ao
partido".
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Ainda
durante a convenção do PMDB, os pepistas iniciaram uma rodada de reuniões para
discutir os possíveis caminhos a serem tomados a partir de agora. Nos
bastidores já crescem as conversas com outros partidos. O PSDB de Paulo Bauer
ofereceu o cargo de vice aos pepistas. O PT de Claudio Vignatti propõe o mesmo
que os tucanos e também a candidatura ao Senado. O PP decide seu destino hoje,
quando se encerra o prazo para as convenções.
– A
política é a arte da conversa. É claro que estamos conversando com o PSDB e o PT – disse
Pizzolatti, que ainda ontem tinha reuniões marcadas com Bauer e Vignatti.
Não foi
surpresa
A
candidatura de Dário não pegou de surpresa as cúpulas dos partidos. Durante o
final de semana, lideranças do PMDB e do PSD estiveram em contato com as do PP para
apresentar a seguinte proposta: se os pepistas insistissem em manter Ponticelli
como candidato ao Senado, os peemdebistas também colocariam Dário no páreo. Se
o parlamentar resolvesse abrir mão da disputa e permitisse que outro nome o
substituísse, o PMDB também desistiria da ideia de lançar candidato a senador.
O PP escolheu a primeira alternativa.
As
conversas envolveram também o presidente do PMDB no Estado, vice-governador
Eduardo pinho Moreira. Mas teria sido o próprio Colombo que apresentou a Ponticelli
a condição peemedebista.
Cúpula do
PMDB mantém discurso contra PP
O
presidente em exercício do PSD, Antonio Ceron, afirmou que os partidos têm
autonomia para escolher seus candidatos. O pessedista diz acreditar que a
aliança com o PP e PMDB ainda pode ser mantida e que haverá articulações nesse
sentido. Colombo, que estava em Rio do Sul, disse por meio de sua assessoria
que só irá se manifestar após o final das convenções partidárias.
–
Cada partido tem as circunstâncias de suas lideranças e o seu tempo para tomar
qualquer decisão – disse em nota o governador.