Por: Cesar Malinoski
Há muitas
discussões sendo feita na sociedade com relação ao poder de decisão do médico
sobre o paciente. Hoje mesmo nas redes
sociais, existem vários fóruns tratando do assunto. Em Fraiburgo está se discutindo se o médico,
que foi contratado com dinheiro público ou com o seu dinheiro particular pode
se recusar a receber um exame de uma clínica que não está conveniada com sua
clínica. Ou seja, simplesmente por que
não lhe agrada receber exames realizados numa clinica de outro médico, ele nem
abre o envelope e não oferece nenhuma desculpa cabível. Isso já aconteceu em Fraiburgo comigo,
aconteceu com minha esposa, aconteceu com alguns amigos e com alguns anônimos Prova de que não é uma
invenção minha, há numa clínica um cartaz indicando que não aceita exames e
laudos proveniente de determinadas clinicas.
Em face disso resolvi pesquisar e encontrei no manual do paciente uma
cláusula que diz: “O médico não pode esquecer que o paciente tem o direito de
decidir livremente sobre sua pessoa e sobre o seu bem-estar. Esse é um direito
constitucional do paciente e, decorrente deste, o paciente tem outros dois
direitos fundamentais: o da livre escolha e o do consentimento prévio. Por ter
direito à livre escolha, o paciente pode, em qualquer fase do tratamento, mudar
de equipe médica ou de serviço de saúde. Portanto, os exames do paciente não
devem ser retidos, pois os exames pertencem ao paciente. Assim, não haverá o
constrangimento de o paciente ter que procurar o médico para solicitar a
devolução de um exame retido em seu poder para levá-lo a outro colega. A
retenção de exames não garante que o paciente continue com o médico e, se o
paciente necessitar repetir um exame por ventura extraviado terá mais um motivo
para reclamar da relação médico-paciente”.
Então em defesa da parte mais fraca (O Paciente) quero registrar minha
indignação, pelo ocorrido numa repartição pública (P.A – do Bairro Macieira em
Fraiburgo) e dizer que sou solidário ao paciente, e que considero a recusa dos
exames como “abuso de poder”. Ao
agredido paciente só restou a democrítica rede social onde ele assim se
manifestou: “por solicitação do médico responsável pelo Posto de Saúde do
Bairro Macieira, fiz uma ultrassonografia encaminhada pela assistência social
do Pronto Atendimento (P.A) a clinica CLINI-X pelo preço ser mais em conta.
Enfim realizei a ultrassonografia e ao ir apresentar ao médico, ele recusou o
exame sem abrir, por simplesmente não aceitar exames da tal clinica”. O Juramento de Hipócrates é um juramento
solene efetuado pelos médicos e por outros profissionais de saúde no qual juram
praticar a medicina honestamente, em minha opinião ficam muito distante deste
juramento quando se recusam a facilitar a vida de quem não teve as suas
facilidades. Saúde no Brasil deveria ser
para todos, mas, pelo jeito é para quem pode pagar, ou melhor pagar duas vezes
pelo mesmo exame.