26/10/2013

Programa antitabagismo em Fraiburgo realizou avanços

Para mostrar que a qualidade de vida destes pacientes mudou radicalmente, foi servida uma salada de frutas. Isso foi feito às 09 h 20 min da manhã. Todos aprovaram a ideia gastronômica e confirmaram a volta do paladar.

Assistente social . Marie Cristina Munaretto.
Reportagem: Ari Guindani

Hoje, 24/10, mais uma leva de pacientes concluíram a primeira parte do programa antitabagismo e outras drogas no PA Central de Fraiburgo, ministrado pelo Dr. Eduardo Alves de Araújo, clínico geral e médico pneumologista e pela assistente social Sra. Marie Cristina Munaretto.  Para mostrar que a qualidade de vida destes pacientes mudou radicalmente, foi servida aos mesmos, uma salada de frutas. Isso foi feito às 09h20min da manhã. Todos aprovaram a ideia gastronômica  Há pouco tempo isso não era possível na vida destes pacientes: O cigarro lhes tirava o paladar e os impedia de sentir o gosto das frutas, tornando-as assim muito desagradáveis.  Uma das principais razões pelas quais custa ao fumante tanto abandonar o vício do fumo é que todas as vantagens do “deixar”, e todos os perigos de continuar parecem estar muito próximos. Ledo engano, o corpo humano começa a regenerar-se decorridos tão somente 20 minutos após o último cigarro. 

Efeitos imediatos ao parar de fumar:

Pacientes do programa antitabagismo
Depois de 20 minutos a pressão sanguínea, o ritmo cardíaco e a temperatura do corpo (mãos e pés) baixam ao nível normal.    Em 8 horas o nível de Monóxido de Carbono (gás tóxico) no sangue já baixou à metade, e o nível de oxigênio no sangue sobe a seus níveis habituais.   Em 48 horas a probabilidade de sofrer um ataque cardíaco terá diminuído. Toda a nicotina terá abandonado o corpo. O sentido do gosto e do olfato regressa aos níveis normais. Em 72 horas os brônquios relaxam, facilitando a respiração. O volume pulmonar e a energia aumentam.  Em duas semanas a circulação melhora, e seguirá assim (melhorando) durante as 10 semanas seguintes. Aqui já é mais fácil caminhar.  De 3 a 9 meses os problemas respiratórios, de tosse e de catarro desaparecerão ao mesmo tempo em que a capacidade pulmonar melhora próximo aos 10%.   Em um ano o risco de falecer de um ataque cardíaco reduz-se à metade.   Em cinco anos o risco de sofrer uma embolia será o mesmo que o de um não fumante. Em dez anos o risco de sofrer cancro de pulmão será o mesmo que o de um não fumante.    Em quinze anos o risco de sofrer um ataque cardíaco será o mesmo que o de um não fumante.  Outra mudança importante em nosso corpo ao deixar de fumar, neste caso desagradável: o engordar. Segundo recentes pesquisas abandonar o hábito implica ganhar uns 5 quilos devido ao aumento de apetite, da ansiedade de substituímos o fumo por outras coisas (bebemos mais, "beliscamos" mais entre as refeições, etc) e principalmente porque o ritmo da queima de calorias baixa aos níveis normais. Os fumantes queimam calorias mais rapidamente por que a nicotina produz uma eletroestimulação que cria a dopamina, um neurotransmissor que se aloja no sistema nervoso central e que se relacionam com as funções motrizes, emoções e sentimentos de prazer.  Apesar disso, indubitavelmente, vale a pena parar de fumar. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer, no Brasil, com 30 milhões de fumantes, morrem a cada ano 200.000 pessoas, devido ao fumo; o que supõe uma de cada oito mortes ocorridas em indivíduos com mais de 35 anos.

O cigarro é culpado por:

200 mil mortes no Brasil. 25% das mortes causadas por infarto do miocárdio e angina;  45% das mortes por infarto agudo do miocárdio entre as pessoas com menos de 65 anos; 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer no pulmão; 30% das mortes provocadas por câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero; 25% das doenças vasculares, como o derrame cerebral. Outra boa razão para deixar de fumar é o aspecto financeiro; em alguns países, ao final de um ano, dá para fazer uma boa economia só com a "grana" gasta com o vício.