A CRISE NO SETOR DA MAÇÃ
Osenir Ribeiro
A Crise no setor da Maçã em nosso
entendimento ela existe. Nós como
sindicato não acreditamos que ela tenha afetado diretamente o trabalhador
rural, afetou sim os postos de trabalho e a economia local. Quem foi demitido durante a crise, e
pertencia a uma classe mais especializada não encontrou aqui possibilidade de
ser absorvido pelo mercado, acabou migrando para outro centro e boa parte migrou
para o litoral. Ao contrario o trabalhador não especializado ficou aqui e está
aos poucos sendo absorvido por indústrias de municípios vizinhos. Temos como
entidade uma preocupação constante com relação à crise, mas esse quadro há
muitos anos já era esperado, desde o inicio do segundo mandato de Edi Lemos já
se ouviu falar em crise no setor e se tentou discutir o futuro da maçã. Houve muita discussão, mas com relação à área
plantada houve de lá pra cá regressão.
Na verdade faltaram políticas publicas que auxiliassem o principal setor
da cidade, e como esta atividade agrícola é uma atividade de risco, o setor
ficou mais na boa vontade do empresário do que nas ações publicas. Existe ai
toda uma cadeia de riscos, a possibilidade de colheita depende da temperatura, do
bom inverno, florada com pouca chuva, risco de granizo e depois o mercado, do
início ao fim é uma atividade de alto risco. Nós do SITRUFRAI queremos que esta crise
atinja o setor de forma momentânea e que possamos recuperar as glorias do
passado. Recentemente perdemos o status de maior produtor brasileiro de maçã,
mas, ainda há muitos investimentos aqui e o quadro pode ser invertido.