Mário H. Vicente |
O Brasil passa por
uma das maiores crises econômicas de sua história. Todos os munícipios do Brasil, a palavra de
ordem é austeridade, controlando despesas e evitando o endividamento. Fraiburgo não pode cometer uma “pedalada
fiscal” no auge (ou talvez seja só começo) de uma grave crise financeira. Fraiburgo, assim como 85% das cidades do
Estado, ou seja 251 dos 295 municípios
de Santa Catarina, tiveram queda
significativa na arrecadação. Os
economistas são unânimes em recomendar cautela nos gastos públicos e
principalmente evitar o endividamento. A
Federação dos Municípios Catarinenses (Fecam) já considera a situação como uma
“grave crise financeira”, tanto que Chapecó chegou a cancelar a Efapi, a maior
feira do Estado de Santa Catarina e que acontecia há mais de 20 anos. Inclusive, para cumprir a meta fiscal deste
ano, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já determinou à sua equipe fechar as
torneiras da liberação de novos empréstimos e da autorização para aumentar o endividamento
de estados e municípios. Claro que
todos gostaríamos de ter nossas ruas asfaltadas, mas a prioridade, neste
momento, deveria ser saúde, merenda, escolar, salário dos servidores. Fazer empréstimo e pagar juros para asfalto
não é prioridade, pelo menos até a situação econômica do País melhorar. Melhor
exemplo é a nossa casa: Quando o salário encurta, nós reduzimos os gastos (tempo no chuveiro, anda
mais a pé e usa menos o carro, não troca a geladeira, viaja menos, compra menos
roupas, etc..). Em tempos de crise,
ninguém de nós corre para o banco pedir empréstimo para reformar a casa e
complementar nosso salário, porque não teremos dinheiro para pagar o
empréstimo. Lembro-me que o fracassado
governo do Edi Lemos, conhecido com Tigrão,
começou assim: Uma gastança desmedida, falta de austeridade,
inexistência de redução das despesas públicas, foram feitos empréstimos para
cobrir os rombos nas contas públicas e, por fim, 4 meses de salário dos
servidores atrasados. Claro que a
intenção do Prefeito é das melhores, não se pode criticá-lo pela boa intenção.
E, nada contra a ideia de asfaltar ruas, acho que a sensibilidade do Prefeito
para com os cidadãos influenciou na decisão–admiro algumas decisões tomadas,
como retomada dos serviços do Hospital,
por exemplo – mas o momento exige contenção de gastos e evitar aumento da
dívida pública, porque alguém vai ter que pagar a conta e seremos nós, os
contribuintes.