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A conversa entre o senador Luiz Henrique (PMDB) e o
ex-deputado e presidente do PT-SC, Cláudio Vignatti (PT), ontem em Brasília,
colocou mais gasolina neste princípio de incêndio que pode resolver em alguma
explosão política na aliança liderada por Raimundo Colombo (PSD).
Luiz Henrique voltou a defender a tese de que a vaga
ao Senado na chapa de Colombo deve ter o PT para fortalecer a candidatura da
presidente Dilma Rousseff em Santa Catarina. Projeto difícil. O PT quer
coligação com Colombo e o governador não deseja se aliar ao PT. Além disso, a
proposta é rejeitada pela bancada do PSD, que fechou com Joares Ponticelli e o
PP.
Não por coincidência, o encontro entre Luiz Henrique e
Vignatti aconteceu no dia seguinte à reunião de Colombo com o PP. O PMDB queria
que evento semelhante ocorresse primeiro com o PSD. Além disso, o PT vinha
pedindo o encontro, o que aconteceu em menos de 24 horas. Luiz Henrique chegou
de Taiwan e pelo telefone, no Rio, acertou o contato com Vignatti que viajou a
Brasília apenas para as conversações com o senador.
A disputa pela vaga ao Senado na chapa governista
criou uma espécie de cabo-de-guerra entre Luiz Henrique e Colombo. Uma disputa
que ninguém consegue apontar o vencedor.
Salvo uma reviravolta inesperada, se o PMDB continuar
com o PSD, o resultado indicará um vencedor e um perdedor. Vencendo Luiz
Henrique, o governador terá dobrado a espinha e, perante a opinião pública,
terá autoridade fragilizada antes das eleições. Prevalecendo a posição de
Colombo, favorável ao PP, Luiz Henrique é que terá prejuízos em sua liderança.
Assim, o cenário das alianças continua imprevisível em
Santa Catarina.
