Para mostrar que a qualidade de vida destes pacientes
mudou radicalmente, foi servida uma salada de frutas. Isso foi feito às
09 h 20 min da manhã. Todos aprovaram a ideia gastronômica e confirmaram a volta
do paladar.
Assistente social . Marie Cristina Munaretto. |
Reportagem: Ari Guindani
Hoje,
24/10, mais uma leva de pacientes concluíram a primeira parte do programa
antitabagismo e outras drogas no PA Central de Fraiburgo, ministrado pelo Dr.
Eduardo Alves de Araújo, clínico geral e médico pneumologista e pela assistente
social Sra. Marie Cristina Munaretto.
Para mostrar que a qualidade de vida destes pacientes mudou
radicalmente, foi servida aos mesmos, uma salada de frutas. Isso foi feito às
09h20min da manhã. Todos aprovaram a ideia gastronômica Há pouco tempo isso
não era possível na vida destes pacientes: O cigarro lhes tirava o paladar e os
impedia de sentir o gosto das frutas, tornando-as assim muito desagradáveis. Uma das principais razões pelas quais custa ao
fumante tanto abandonar o vício do fumo é que todas as vantagens do “deixar”, e
todos os perigos de continuar parecem estar muito próximos. Ledo engano, o
corpo humano começa a regenerar-se decorridos tão somente 20 minutos após o
último cigarro.
Efeitos
imediatos ao parar de fumar:
Pacientes do programa antitabagismo |
Depois de
20 minutos a pressão sanguínea, o ritmo cardíaco e a temperatura do corpo (mãos
e pés) baixam ao nível normal. Em 8
horas o nível de Monóxido de Carbono (gás tóxico) no sangue já baixou à metade,
e o nível de oxigênio no sangue sobe a seus níveis habituais. Em 48 horas a probabilidade de sofrer um
ataque cardíaco terá diminuído. Toda a nicotina terá abandonado o corpo. O
sentido do gosto e do olfato regressa aos níveis normais. Em 72 horas os
brônquios relaxam, facilitando a respiração. O volume pulmonar e a energia
aumentam. Em duas semanas a circulação
melhora, e seguirá assim (melhorando) durante as 10 semanas seguintes. Aqui já
é mais fácil caminhar. De 3 a 9 meses os
problemas respiratórios, de tosse e de catarro desaparecerão ao mesmo tempo em
que a capacidade pulmonar melhora próximo aos 10%. Em um ano o risco de falecer de um ataque
cardíaco reduz-se à metade. Em cinco
anos o risco de sofrer uma embolia será o mesmo que o de um não fumante. Em dez
anos o risco de sofrer cancro de pulmão será o mesmo que o de um não fumante. Em quinze
anos o risco de sofrer um ataque cardíaco será o mesmo que o de um não fumante. Outra mudança importante em nosso corpo ao
deixar de fumar, neste caso desagradável: o engordar. Segundo recentes
pesquisas abandonar o hábito implica ganhar uns 5 quilos devido ao aumento de
apetite, da ansiedade de substituímos o fumo por outras coisas (bebemos mais,
"beliscamos" mais entre as refeições, etc) e principalmente porque o
ritmo da queima de calorias baixa aos níveis normais. Os fumantes queimam
calorias mais rapidamente por que a nicotina produz uma eletroestimulação que
cria a dopamina, um neurotransmissor que se aloja no sistema nervoso central e
que se relacionam com as funções motrizes, emoções e sentimentos de prazer. Apesar disso, indubitavelmente, vale a pena
parar de fumar. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer, no Brasil, com
30 milhões de fumantes, morrem a cada ano 200.000 pessoas, devido ao fumo; o
que supõe uma de cada oito mortes ocorridas em indivíduos com mais de 35 anos.
O cigarro
é culpado por:
200 mil
mortes no Brasil. 25% das mortes causadas por infarto do miocárdio e angina; 45% das
mortes por infarto agudo do miocárdio entre as pessoas com menos de 65 anos; 85%
das mortes causadas por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer no
pulmão; 30% das mortes provocadas por câncer de boca, laringe, faringe, esôfago,
pâncreas, rim, bexiga e colo de útero; 25% das doenças vasculares, como o
derrame cerebral. Outra boa razão para deixar de fumar é o aspecto financeiro;
em alguns países, ao final de um ano, dá para fazer uma boa economia só com a
"grana" gasta com o vício.