Um número razoável de pessoas tomaram as principais
ruas de Fraiburgo na manhã deste domingo, (23). A movimentação começou tímida,
mas aos poucos ganhou o reforço de pessoas de todas as idades e todas as
classes, estudantes e professores, profissionais liberais, acadêmicos, entre
tantos que demonstravam em cartazes algum motivo para protestar. Alguns dos
manifestantes estavam com os rostos pintados ou usando mascaras e nariz de
palhaço. De forma pacifica como registrado nas fotos. As manifestações que estão ocorrendo por todo
o país marcam um momento histórico do Brasil, acrescentando que os jovens que
as promovem representam uma geração que busca colocar seus anseios na pauta
legislativa, essa geração que sempre teve direito ao voto, nunca passou pela
ditadura, nem pela inflação desenfreada, vive na estabilidade econômica e agora
foi às ruas para reivindicar mais cuidado da classe política com o povo. Faço criticou a Câmara dos Deputados por ter
adiado a votação da (PEC) 37/2011, que técnicos afirmam que retira poderes de
investigação do Ministério Público, no meu entender de forma linear a medida
poderá aumentar a corrupção no país. Penso que neste momento o Congresso Nacional
e o governo federal precisam realizar ações concretas para a população e não
promover um retrocesso, como fez a Câmara.
Depois não perguntem por que o povo quer invadir o Congresso Nacional.
Espero que se tenha do Parlamento, ações concretas.
Não adianta fazer belos pronunciamentos
apenas de solidariedade, como se não eles tivéssemos nada a ver com o que está
acontecendo. O problema está no DNA político, tem que votar reforma política de
verdade ampliando a participação popular, resolvendo, por exemplo, o problema
do financiamento de campanha. Tem que, além disso, ampliar os investimentos na
saúde pública e garantir 10% do PIB para educação falta transparência. Lamento
a ação violenta de alguns grupos isolados (Civis e militares) nas manifestações
e acredito que esta minoria não representa a juventude que esta às ruas. O
movimento tem que neutralizar estas minorias que não o representam e, por outro
lado, o Estado tem que estar preparado, as polícias tem que estar preparadas
para se relacionar com essa nova realidade.